sábado, 22 de agosto de 2009

Ten things I hate about you... (10 coisas que odeio em ti...)

Ten things I hate about you

Odeio-te
Odeio-te porque tu és tu!
Porque existes, porque respiras!
Porque por mais que feche os olhos
Tu ainda estás aí!

Odeio-te
Odeio-te porque me roubaste a vida
Porque sem dó nem misericórdia
Arrancas-te do meu peito
Esse órgão a que chamo coração!

Odeio-te
Odeio-te porque me abandonas-te
De noite entre os lobos, no lugar
Onde a luz não chega e onde se
Ouve o meu próprio ranger dos dentes!

Odeio-te
Odeio-te porque me fizeste sofrer!
Porque não olhas-te para mim e
Viste o homem que te quer, mas
O homem que tu não queres mais!

Odeio-te
Odeio-te porque te AMO,
Amo de maneira tal que são mais
As coisas porque te adoro do que
Os grãos de areia da praia!

Por isso escrevi aquelas porque te odeio!
Poeta

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Saudades da morte...

Saudades da morte
A morte separou o que separado estava
Restam apenas saudades e a lápide…
Lapide fria que não honra mortos,
Mas honra sentimentos,
Sentimentos que depois de mortos
Deixam os seus restos nauseabundos,
A saudade…
A campa ebúrnea de tristeza crua
Cobre o coração que chora a separação…
Se diz o sagrado livro que ‘não separe o Homem
O que Deus uniu sob o mesmo jugo’
Então, que união era esta?
Que atracção era esta?
Que sentimento era este?
Não era sentimento, que sentimento
De gente não era isto…
Sentimento de gente é dividido,
Nem que por duas almas renegadas,
Tem que ser repartido!
Choro nesta hora sob o cadáver que não jaz
Estirado sobre a laje como que morto também,
Apagado por dentro, putrefacto!
É a saudade dos lábios que não chegam mais,
Na hora tardia da noite em que,
Não éramos dois mas um só espírito
E então, parecia uma união de “vontades”!
É saudade, é a tristeza, é a morte
Poeta

domingo, 2 de agosto de 2009

Changes...

Changes

O mundo gira sobre o palito espetado,
Como uma sandes de torresmo num lugar agitado
O que vem á cabeça é um lugar imundo,
Se da gordura ou da alegria de quem, simples,
Acompanha a sandes com um gole, lento e profundo…

São mulheres que gritam apregoando o seu material;
Homens há mesa falando sem nenhum mal;
Um tremoço daqui um amendoim dali uma bica pr’acolá,
Uma mulher de baixa de estatura corre entre as mesas
Ora retorquindo com os velhos que olham quando passa
Ora olhando o moço, que chega, é novo no lugar…

Se do globo imaginarmos, lá está o palito espetado
Inclinado pois, se assim dizem, foi criado;
O mundo é uma taberna de aldeia velha já,
É a sandes que não chega igual para todos,
Se de falta de amor ou comida se queixam,
Não se queixem, pois está escrito, felizes os famintos
Pois a eles pertence o reino dos céus….

O mundo é um tasco repugnante,
São mulheres que nada sabem,
Outras que tudo parecem saber…
Quem sabe tudo afinal? Que apregoem o seu material…
Mas como dizia aquém e além
Quem em versos era exacta
‘Pode haver quem as defenda,
Quem compre o seu chão sagrado,
Mas a sua vida não.’

A mesa do mundo é o palco internacional;
Falam disto uns, doutros aquilo, de tudo muita gente,
Muitos são os que falam, poucos os que sabem falar…
Como o moço que entra ou os velhos que olham,
O mundo é cheio de repetições,
A própria terra, gira segundo o palito, todos os dias
Até ao inicio do seu fim….

Se da constância do mundo nos queixamos,
Não nos queixemos mais…
Pois a vida é vivida, como disse
Em triste e funérico momento
Alguém que se despedia da amada amiga
Princesa do real mundo,
‘ Como uma vela ardendo ao vento’
Saibamos pois a triste conclusão,
Que ‘a única constante na vida, é a mudança’…

Mudando o vento e a vontade
Mudam-se os caminhos dos homens,
Se para bem de uns o mal é de outros
Mudemos, pode ser que chegue a nossa vez de mudar,
E quando o fizermos, como anteriormente alguém nos fez
Mudaremos, e não olharemos para trás,
Para não vermos quem pisamos,
Quem da nossa passagem ficou destroçado.
Não é justo, mas infelizmente, a vida é injusta!
Poeta