O malfadado
Pela noite, ao luar,
Vai um semblante negro.
Tropeçando nos sapatos,
Caí de joelhos na capa,
Olha o céu e canta,
Canta como quem chora:
Oh lua vã, noite clara.
Abençoa a capa e pára,
P’ra cuidar deste meu viver.
Deus tinha combinado,
Foi ele que assim quis.
Que o amor tenha escapado.
Qu’eu não possa ser feliz.
Chove agora nesta Vila
E no chão ainda está,
O trovador de baladas,
O mal-amado estudante.
Fita o céu, e entre lágrimas
Com mão no peito, canta:
Oh lua vã, noite clara.
Abençoa a capa e pára,
P’ra cuidar deste meu viver.
Deus tinha combinado
Foi ele que assim quis.
Que o amor tenha escapado.
Qu’eu não possa ser feliz.

Sem comentários:
Enviar um comentário