segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Malfadado

O malfadado

Pela noite, ao luar,

Vai um semblante negro.

Tropeçando nos sapatos,

Caí de joelhos na capa,

Olha o céu e canta,

Canta como quem chora:


Oh lua vã, noite clara.

Abençoa a capa e pára,

P’ra cuidar deste meu viver.

Deus tinha combinado,

Foi ele que assim quis.

Que o amor tenha escapado.

Qu’eu não possa ser feliz.


Chove agora nesta Vila

E no chão ainda está,

O trovador de baladas,

O mal-amado estudante.

Fita o céu, e entre lágrimas

Com mão no peito, canta:


Oh lua vã, noite clara.

Abençoa a capa e pára,

P’ra cuidar deste meu viver.

Deus tinha combinado

Foi ele que assim quis.

Que o amor tenha escapado.

Qu’eu não possa ser feliz.

Sem comentários:

Enviar um comentário